O planejamento estratégico mapeia as iniciativas e os investimentos necessários para alcançar objetivos estratégicos de longo prazo. Descubra como planejar com sucesso.
O planejamento estratégico mapeia as iniciativas e os investimentos necessários para alcançar objetivos estratégicos de longo prazo. Descubra como planejar com sucesso.
Apenas 29% dos estrategistas afirmam que suas organizações mudam os planos de forma suficientemente rápida para responder às turbulências. Qual é o problema? Na maioria das vezes, objetivos poucos claros, processos precários de planejamento estratégico e líderes de negócios desengajados.
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Transformar sua estratégia em ação mais rapidamente
Combater os 7 erros comuns do planejamento estratégico
Especialmente em tempos turbulentos, é fundamental entender o que é planejamento estratégico e como ele funciona, quais suposições são necessárias e como aproveitar o valor da estratégia adaptativa e do planejamento de cenários.
A estratégia cria um entendimento comum do que uma organização deseja alcançar e o que ela precisa fazer para atingir suas metas. Planos estratégicos fazem a ponte entre a direção geral e os projetos específicos e ações cotidianas que, no fim, executam a estratégia. A tarefa n.º 1 é saber a diferença entre estratégia e planos estratégicos e por que isso é importante.
A estratégia define a direção de longo prazo da empresa. Ela articula o que a empresa fará para competir e ter sucesso nos mercados escolhidos ou, no setor público, o que a agência fará para cumprir sua missão.
O planejamento estratégico define como a empresa realizará suas ambições de médio prazo. Na maioria das vezes, os planos estratégicos são criados e depois esquecidos, até que o ciclo de planejamento seguinte comece. Quando bem feito, um planejamento estratégico transforma a estratégia corporativa em iniciativas, ações e investimentos que oferecem uma diretriz clara para executar a estratégia e alcançar as metas de negócios.
Planos estratégicos funcionais documentam as escolhas e as ações necessárias para a função passar do estado atual para o estado final desejado, e contribuem efetivamente para as metas e o modelo de negócios da empresa.
Os planos estratégicos da unidade de negócios definem e finalizam metas, objetivos e iniciativas da unidade de negócios, alinhados com as prioridades corporativas e tendências externas.
Planos operacionais lidam com a execução de curto prazo de projetos específicos e alterações, bem como quaisquer tarefas operacionais não presentes no planejamento estratégico.
Se é responsável pela estratégia funcional, como de TI, você cria estruturas estratégicas focadas apenas no que é material, como suposições essenciais, métricas relevantes e as principais iniciativas que a sua função precisa para contribuir efetivamente para as metas organizacionais, mesmo que essas metas mudem.
É fundamental investigar e responder às tendências e turbulências que poderiam impactar sua estratégia e seus planos estratégicos e mudar suas suposições estratégicas. Os ciclos do planejamento estratégico devem integrar algum mecanismo para verificar as suposições quanto à relevância (ver também “Planejamento de cenários”).
Ignorar ou desvalorizar tendências e turbulências pode deixar lacunas importantes em suas suposições estratégicas e processo de planejamento estratégico, porque talvez você esteja desprezando ameaças e oportunidades para a sua proposta de valor e posicionamento competitivo.
Uma pesquisa Gartner constatou que apenas 38% das organizações têm um processo formal para esse tipo de identificação de novas tendências. A Gartner investiga as sete áreas principais de mudança inovadora como um “TPESTRE” de áreas de tendência interconectadas (ver imagem).
Executivos com funções e equipes diferentes podem usar o conceito TPESTRE para identificar as principais tendências em qualquer momento (desde a experiência humana ampliada até organizações orientadas por objetivos e sustentabilidade habilitada digitalmente) e analisar seu impacto. A partir daí, eles podem elaborar suposições estratégicas em torno das tendências, à medida que começam a mapear quais ações seriam necessárias com relação aos modelos de negócios, pessoas/funcionalidades, sistemas de TI e recursos.
Depois de turbulências humanitárias ou geopolíticas imprevistas, como a pandemia da COVID-19 ou a invasão da Ucrânia pela Rússia, um modelo como TPESTRE pode ajudar a identificar e monitorar uma série de riscos que podem afetar sua empresa ou função e que talvez devam ser incluídos no planejamento de cenários.
O planejamento de cenários permite que os executivos e as suas equipes explorem e avaliem alternativas futuras plausíveis para tornar os planos estratégicos mais robustos e resilientes. A volatilidade e a turbulência relacionadas à pandemia mostraram a importância de aproveitar uma série de cenários para redefinir a estratégia de negócios e os planos estratégicos.
Comumente usado por estrategistas no nível organizacional, o planejamento de cenários no nível funcional é igualmente valioso. Muitos líderes funcionais têm pouca experiência com planejamento de cenários estratégicos, ainda que talvez trabalhem regularmente com seu diretor financeiro para criar cenários de orçamentos e previsões. Quem é capaz de aprender e aplicar o planejamento de cenários ao planejamento estratégico pode ajudar a organização a enfrentar condições voláteis e dinâmicas com mais eficácia, especialmente em áreas como cadeia de suprimento, em que as turbulências permanecem elevadas.
Explorar cenários permite determinar planos de ação adequados ou estratégias para possíveis futuros distintos. Revela como reagir a um futuro específico e qual conjunto de ações faria sentido, independentemente das condições que, no fim, ocorreriam.
Para líderes de equipes funcionais, desenvolver cenários e suas suposições subjacentes é, em si, um exercício útil para corroborar ou desafiar estratégias e mantê-las atuais.
O objetivo do planejamento de cenários é garantir o melhor resultado imediato, ao mesmo tempo que se prepara planos de ação alternativos adequados, dependendo do desenvolvimento de uma situação. Concordar de forma proativa em decisões operacionais de curto prazo e planos estratégicos de longo prazo reduzirá o tempo que você leva para responder aos riscos e às oportunidades emergentes. Isso pode ajudar a sua função a prever, ao invés de controlar reativamente, os efeitos negativos de um evento importante de turbulência.
Em um mundo cada vez mais incerto e volátil, a estratégia pode se tornar rapidamente obsoleta. Para enfrentar esse desafio, o planejamento estratégico precisa ser adaptativo. Quanto mais rápida a taxa de mudança em condições operacionais e quanto mais turbulências você precisar integrar à estratégia de longo prazo, mais adaptativos seus modelos de estratégia precisam ser.
Uma abordagem de estratégia adaptativa garante que a sua organização possa identificar antecipadamente novas oportunidades e responder mais rapidamente do que seus concorrentes, aumentando a probabilidade de ter sucesso em um mundo digital dinâmico.
Uma abordagem realmente adaptativa é coerente com as quatros práticas principais (ver imagem) desenvolvidas para levar a empresa de um processo rígido, baseado em cronograma e controlado pela gerência, para uma abordagem com uma estratégia mais orientada a eventos. A estratégia funcional pode integrar os mesmos princípios. Embora uma abordagem realmente adaptativa será baseada em todas as quatro práticas principais, líderes funcionais podem se concentrar inicialmente nas práticas que abordam seus desafios de estratégia imediatos.
Ao invés de exigir informações completas ou perfeitas para executar, a estratégia adaptativa usa informações disponíveis para identificar as ações imediatas necessárias para o sucesso de uma empresa ou função. Essas ações podem variar desde se concentrar em áreas de alta prioridade até fazer investimentos fundamentais ou conduzir experimentos para testar ideias. É possível usar insights a partir dessas ações, juntamente com qualquer nova informação ou análise, para identificar o conjunto seguinte de ações.
A estratégia adaptativa exige a revisão da estratégia sempre que informações novas (e relevantes) se tornarem disponíveis. Por isso, é importante examinar continuamente o contexto de negócios para identificar mudanças, revisar e, onde for necessário, ajustar a estratégia em resposta às mudanças. (Ver também “Suposições estratégicas.”)
Junte-se aos seus colegas para conhecer os mais recentes insights em Gartner Conferences.
O planejamento estratégico é o processo pelo qual empresas, funções e unidades de negócios identificam o plano de iniciativas e o portfólio de investimentos que serão necessários no médio prazo para alcançar objetivos estratégicos no longo prazo.
O planejamento estratégico começa com a definição da estratégia no nível corporativo, mas essa estratégia deve então ser transformada em ações. Os três níveis do planejamento estratégico normalmente são corporativo, unidade de negócios e funcional. Já os quatro tipos de planos normalmente são estratégico, operacional, tático e de contingência.
Garantir o uso consistente de termos para minimizar a confusão no planejamento estratégico e definir um padrão para colaboração
Criar uma base sólida para um planejamento mais detalhado, definindo ou testando primeiramente sob pressão as declarações de missão, visão e metas
Otimizar a contribuição das partes interessadas, limitando a definição de missão, visão e metas à liderança sênior e deixando o desenvolvimento de objetivos, plano de ação e medições e métricas para os gestores com experiência em execução
Os principais elementos de um planejamento estratégico de sucesso incluem:
Missão e visão. A missão da organização articula seus motivos para existir e a visão estabelece onde a organização espera estar. O planejamento estratégico, que une os dois conceitos, deve ser o suficientemente adaptativo para responder se o contexto mudar durante a execução.
Suposições estratégicas. Para criar um planejamento estratégico de sucesso, a liderança deve investigar tendências e turbulências e avaliar o possível impacto sobre as metas empresariais.
Design do planejamento estratégico. Um design rigoroso do planejamento estratégico traduz de forma eficiente a estratégia em planos que podem e serão executados. Planos deficientes resultam em uma execução ruim.
Missão: propósito da organização
Visão: estado futuro desejado
Meta: planejamento
Objetivo: como alcançar metas
Plano de ação: o que é necessário para alcançar objetivos
Medidas e métricas: acompanhamento do progresso em relação às metas
“Sistemas” de planejamento estratégico são as ferramentas usadas para documentar planos estratégicos. A Gartner incentiva as organizações a não se concentrarem na estratégia em relação ao documento que estão criando, mas sim em transformar a estratégia em um plano de ação fácil de comunicar.
O plano de ação estratégico é um documento formal que atua como a principal fonte de informação sobre como objetivos serão executados, monitorados, controlados e encerrados. Muitas organizações também implementam um “plano de ação” associado, mas separado, para alcançar o modelo operacional.
Medidas são resultados observáveis que permitem às organizações avaliar a eficácia de seus planos de ação. Métricas quantificam essas mudanças observadas para permitir que uma organização quantifique de forma concreta seu progresso e mantenha-se alinhada às medidas escolhidas.
Esses sete fatores de sucesso são fundamentais para produzir planos estratégicos de alta qualidade que serão executados com sucesso, mas respondendo à mudança:
Focar no design de uma estratégia minimamente viável.
Personalizar esforços de planejamento para atender aos participantes onde eles estiverem.
Esboçar o design de iniciativas antes de priorizar as ações estratégicas.
Tenha certeza sobre quem é responsável pelo quê.
Expandir planos horizontalmente, não apenas de forma descendente.
Focar medidas de desempenho em expectativas fundamentais.
Testar planos sob pressão em relação a um conjunto limitado de cenários futuros.