As 9 tendências do futuro do trabalho para 2024

Para alcançar o sucesso a partir de 2024, o Gartner recomenda que você avalie o impacto dessas tendências em sua organização. Dessa forma, é possível se antecipar aos desafios que sua empresa certamente enfrentará.

• A semana de quatro dias úteis deixou de ser uma ideia radical, tornando-se parte da rotina de muitas organizações. A escassez de talentos está dificultando atrair e reter funcionários. Por isso, as organizações estão avaliando se a adoção de uma semana de trabalho concentrada atenderá não só aos objetivos empresariais, como também às expectativas de flexibilidade cada vez maiores dos funcionários. A propósito, 63% dos candidatos consideraram a “semana de quatro dias úteis” como a principal oferta do futuro do mercado de trabalho que os atrairia para um emprego;

• O custo da crise do trabalho chega ao ápice. Os empregadores estão exigindo que as equipes remotas retornem aos escritórios, porém, após anos em casa, os funcionários agora têm uma noção mais clara do custo do trabalho presencial, tanto em termos de tempo quanto de dinheiro. Sem que haja um acordo em relação a quem arcará com o custo do trabalho e por quê, o retorno aos escritórios continuará sendo um assunto controverso;

• A proteção contra as mudanças climáticas agora é o novo benefício obrigatório a ser fornecido para os funcionários. À medida que eventos sérios relacionados às mudanças climáticas se tornam mais generalizados e persistentes, as organizações aproveitarão a oportunidade para divulgar aos funcionários seus planos de resposta e de suporte de maneira mais explícita e transparente.

• A resolução de conflitos com os funcionários é a próxima habilidade indispensável dos gestores. As próximas eleições nos EUA, as crises geopolíticas, as greves de trabalhadores, as mudanças climáticas e um recuo nas iniciativas de diversidade, igualdade e inclusão (DEI) são um prato cheio para diferenças de opinião. Gestores que gerenciam conflitos interpessoais entre funcionários, em vez de silenciá-los, terão um impacto positivo incrível em suas organizações;

• As iniciativas de DEI não deixarão de existir, tornando-se a forma como trabalhamos. Depois de terem sido o centro das atenções corporativas em 2020, as iniciativas de DEI agora despertam uma sensação crescente de desilusão. Como a liderança está comprometida com tais programas e iniciativas, as empresas começarão a integrar a DEI em toda a organização, fazendo com que a estratégia deixe de ser segmentada.

• As habilidades superam os títulos à medida que o “teto dos títulos” desmorona. Os diplomas universitários são o principal requisito nas descrições de cargo do passado. Em resposta ao mercado de trabalho acirrado e às taxas decrescentes de graduação, as organizações estão colocando o “teto dos títulos” abaixo e dando as boas-vindas a trabalhadores com referências alternativas;

• Os estereótipos profissionais se desfazem diante da mudança na força de trabalho. Trajetórias profissionais atípicas estão se tornando comum com o aumento na idade para aposentadoria, períodos sabáticos, mudanças entre indústrias e a aceitação de trabalho contingente e outros modelos de emprego não tradicionais. Diante disso, os pressupostos e a heurística que embasam as estratégias de gestão de talentos de muitas organizações serão um obstáculo cada vez maior para a aquisição e a retenção de profissionais.

• A IA cria oportunidades para a força de trabalho, em vez de reduzi-las. Apesar da ansiedade de que a IA resultará em redução na força de trabalho, prevemos que, na verdade, a inteligência artificial ampliará as oportunidades de trabalho. A implementação da IA generativa não apenas criará a necessidade de novos cargos, como também permitirá que os empregadores reduzam o tempo necessário para atingir proficiência com novas tecnologias e especializações, aliviando a necessidade de contratar talentos que já possuam habilidades nessas áreas;

• Sem a devida gestão de riscos, é provável que os testes realizados com IA generativa resultem em lições duras e custos dolorosos. Dificilmente os resultados produzidos pela GenAI não contêm erros, levando a uma grande necessidade de governança de dados, controle de qualidade e bom senso dos funcionários. Para evitar problemas regulatórios, legais e de reputação, certifique-se de que suas equipes tenham acesso a treinamentos para desenvolver o bom senso não apenas em relação à validade das informações, mas também a como e quando utilizar a GenAI.