19 de maio de 2021
19 de maio de 2021
Elaborado por: Laura Starita
A CEO Survey do Gartner de 2021 revela que os diretores executivos apostam no crescimento de novos segmentos e devem aumentar o investimento em iniciativas digitais.
Durante a maior parte de 2020, os diretores executivos concentraram sua energia e seus recursos na resposta a emergências em operações comerciais geradas pela COVID-19. Aqueles que puderam, redirecionaram suas operações e supply chain para fornecer os suprimentos e os serviços necessários: Os fabricantes de roupas fabricaram máscaras e EPIs; as empresas químicas fabricaram desinfetante para as mãos; as empresas de transporte redirecionaram navios e aviões para fornecer ventiladores. Mas, atualmente, os diretores executivos estão olhando para a frente.
“Os diretores executivos apostam que os programas de vacinação em massa impedirão a transmissão do vírus em muitas regiões até meados de 2021, levando a um boom econômico”, diz Kristin Moyer, vice-presidente analista emérita do Gartner. “A maioria tem antecipado uma recuperação rápida e acentuada e já está se mexendo para obter vantagens.”
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A CEO Survey do Gartner de 2021 coletou respostas de 465 líderes empresariais de mais de 30 países. Realizada anualmente há mais de 10 anos, a CEO Survey examina as atitudes e prioridades empresariais que são mais importantes para os líderes empresariais.
Apesar da grave interrupção que afetou muitas pessoas em 2020, o foco no crescimento permaneceu inalterado em relação aos anos anteriores, embora com as seguintes mudanças:
Uma parcela de 60% dos diretores executivos esperam que a receita de sua empresa volte aos níveis de 2019 até o final de 2021; e outros 30% esperam um retorno até 2022. Apenas 10% acham que precisarão de mais tempo para se recuperar.
Mais da metade dos entrevistados está otimista e define o crescimento como uma das três principais prioridades empresariais. Menos diretores executivos do que no ano passado, no entanto, esperam que novas oportunidades surjam por meio de mecanismos antigos, como um crescimento orgânico e gradual da receita de vendas.
Em vez disso, eles estão olhando para novos mercados como uma fonte de oportunidades, com a ressalva de que “novos mercados” parecem se concentrar em segmentos ou campos adjacentes. Grandes expansões não estão no topo da lista: a maioria dos líderes de empresas norte-americanas, europeias e asiáticas definem as próprias regiões como sua principal fonte de oportunidades.
A pandemia também forçou os diretores executivos a colocar mais esforços em algumas novas áreas e abrir mão de outras. A força de trabalho ganhou mais impulso, com 24% dos diretores executivos a definindo como uma de suas três principais prioridades. Isso significa um aumento de 24% em relação ao ano passado. Esse rápido aumento é um sinal de que os diretores executivos reconhecem os efeitos colaterais de 2020 nas pessoas e do papel que os talentos qualificados devem desempenhar para possibilitar que as organizações atinjam suas metas.
Entre os pontos menos visados pelos diretores executivos está a gestão de custos, que agora ocupa o sétimo lugar como resultado de uma queda anual de 17% na parcela de diretores executivos que a indicaram como prioridade: de 14% para 11%.
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Esse declínio pode ser resultado do corte de soluções práticas em 2020 para preservar o caixa durante a pandemia; algumas empresas começaram a cortar essas despesas no final de 2018 em resposta à desaceleração cíclica prevista na economia. A gestão de custos, no entanto, não foi totalmente desconsiderada: Continua sendo uma prioridade, tanto que os diretores executivos pedem aos diretores de operações e diretores financeiros que se concentrem nela.
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“Capacidade digital” apareceu como a única área para a qual uma porcentagem maior de diretores executivos se comprometeria a aumentar o investimento. Mesmo as áreas que normalmente recebem bastante suporte, como tecnologia da informação, departamento pessoal e de cultura e aprimoramento de produtos, atraíram uma parcela menor de diretores executivos.
Curiosamente, escolhas óbvias se misturaram a respostas surpreendentes para as áreas que apresentaram maior queda na intenção de investimento. Propriedades, instalações e equipamentos de capital sofreram quedas acentuadas, um sinal precoce do impacto que os modelos de trabalho híbrido podem trazer para as demandas ligadas às instalações.
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No entanto, os departamentos jurídico, de conformidade e gestão de riscos, de contratação e marketing também apresentaram um declínio significativo, embora os analistas do Gartner não vejam sinais de perigo de que as empresas estejam menos preparadas para uma emergência ou hesitem em contratar um talento, se necessário.
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CEO Survey do Gartner de 2021: O ano da reconstrução
*Observe que alguns documentos podem não estar disponíveis para todos os clientes Gartner.