Descubra os 7 erros de redução de custo a serem evitados

17 de agosto de 2022

Contribuição: Jackie Wiles

Precisa reorganizar os gastos da organização? Então confiira sete erros de redução de custos que devem ser evitados.

Muitos líderes executivos terão que fazer compensações em seus gastos para enfrentar a atual pressão tripla de inflação persistente, interrupções na supply chain e um mercado de trabalho restrito. Mas erros comuns na redução de custo podem abalar até mesmo programas estruturados, criados para otimizar estrategicamente as decisões de custo. 

“Muitos mais diretores financeiros começarão a procurar reduções de custo se a inflação alta persistir ou se houver um risco de que taxas de juros mais elevadas enfraqueçam o lado da demanda na economia,” diz Randeep Rathindran, vice-presidente de Pesquisa do Gartner. “Executivos devem investigar agora onde garantir reduções de custo, evitando sete erros comuns que tornam difícil, e provavelmente impossível, ter ambições de crescimento no longo prazo.” 

1. Fazer cortes generalizados com metas irreais 

Uma porcentagem de 43% dos líderes realmente alcançam o nível de economia a que se propõem no primeiro ano de redução de custos. O problema está nas metas irreais. 

Cortes generalizados penalizam as partes mais eficientes da sua organização, desmotivando as equipes, e podem resultar na erosão de importantes fontes de valor.

2. Falha ao sustentar a mudança de comportamento

Apenas 11% das organizações podem sustentar a redução de custos em um período de três anos. Isso acontece porque a maioria das estratégias de redução de custos é de curto prazo e não preservam a mudança comportamental necessária para decisões inteligentes de gastos no futuro. 

Ainda que alguns custos, como viagens e despesas, possam ser limitados por restrições e regras de políticas, muitos custos removidos inevitavelmente voltam à medida que gestores e responsáveis pelo orçamento buscam gastos e iniciativas em nome do apoio ao crescimento. O resultado é outra rodada dolorosa de reduções de custo quando surgir a próxima crise.

3. Desacelerar a organização

Apenas 6% das organizações investem consistentemente em oportunidades de crescimento sem criar complexidade excessiva. Devido ao incentivo que muitas organizações e seus investidores dão ao crescimento máximo, líderes executivos costumam ter um ponto cego quando se trata de complexidade. 

A complexidade impulsiona quase metade do aumento nos custos corporativos com despesas gerais. Desde a introdução de muitas variantes incrementais de produtos existentes ao investimento em linhas de negócios de escopo aditivo ou hierarquias de gestão elaboradas, a complexidade cria:

  • Custos diretos, como retenção excessiva de estoque ou custos de garantia do suporte a tantas variedades de produtos e SKUs;

  • Custos indiretos em relação à tomada de decisões mais lenta.

4. Impedir a inovação necessária

Apenas 9% das organizações criam capacidade suficiente para aproveitar as oportunidades de crescimento e inovação que elas buscam. Reduções de custo agressivas podem drenar recursos de projetos de inovação de alto impacto ou atrasar indefinidamente o financiamento até um ponto em que os concorrentes podem barrar sua organização no mercado. 

Elas também podem promover um ambiente em que os inovadores não sentem permissão para solicitar financiamento plurianual suficiente para garantir o sucesso de suas iniciativas.

5. Perder a oportunidade de aproveitar o digital

Entre os diretores financeiros entrevistados em julho de 2022, 66% disseram que planejavam aumentar o investimento em tecnologia digital nos 12 meses seguintes, e outros 32% disseram que manteriam esses gastos. Esse é o percentual mais alto de qualquer categoria de gastos, refletindo a necessidade contínua de priorizar a aceleração digital

  • Reduzir permanentemente o custo de fazer negócios (especialmente para combater a inflação).

  • Melhorar a experiência do funcionário e do cliente.

  • Superar os concorrentes durante a desaceleração iminente.

No entanto, perceber o valor e a escala das iniciativas de TI requer um modelo de investimento digital acionável e um entendimento claro de estratégia digital empresarial.  Uma parceria produtiva entre diretor financeiro e diretor de informação também é fundamental para garantir que o financiamento continue a fluir para iniciativas digitais essenciais. 

6. Apressar contratos injustos com provedores

Dois em cada cinco líderes de TI arrependem-se de compras de tecnologia devido a termos desfavoráveis ou taxas abusivas. É imperativo para uma organização adquirir o conjunto certo de tecnologias para apoiar a transformação digital ou acelerar os processos de negócios.

No entanto, orçamentos limitados, aliados à pressão para investir em tecnologias novas e inovadoras, podem levar os líderes a investir em tecnologias que exigem custos de implementação imprevistos, geram novas ineficiências e geralmente não atendem às expectativas, desperdiçando possivelmente milhões em recursos econômicos.

Negociações com fornecedores são uma parte fundamental das estratégias de otimização de custos, e os atuais níveis elevados de inflação tornam ainda mais difícil dizer se seus fornecedores estão vinculado os aumentos de preços aos seus custos ou se estão simplesmente tentando manter suas margens. Certifique-se de negociar não apenas preços, mas termos e condições.

7. Introduzir riscos perigosos para a organização

Sob pressão orçamentária, os executivos costumam analisar primeiro os custos menores em sua área direta de responsabilidade, por exemplo, sua função, mas é essencial considerar, também, se essas ações de redução de custo criariam ou exacerbariam riscos que ameaçam a proposta de valor da organização. 

Exemplos:

  • Segurança cibernética. Baixo investimento em segurança cibernética pode manter os custos de TI baixos, mas eleva o risco de um grande incidente de segurança cibernética, por exemplo, um ataque de ransomware ou uma violação de dados digna de manchetes, que seria inaceitável para acionistas, clientes ou parceiros. Gerenciar o impacto de um importante incidente de segurança cibernética é, em si, muito oneroso.

  • Supply Chain. Reduzir níveis de estoque em todo o portfólio de produtos pode melhorar a posição de caixa de curto prazo da organização, mas desgasta o desempenho da supply chain, colocando os níveis de atendimento ao cliente em risco para itens que geram maior valor para a organização.

  • Talento. Iniciativas de redução de custos e a falta de investimento podem prejudicar a experiência do funcionário, que é fundamental para sua produtividade e engajamento. Entender esse impacto pode ajudar a evitar decisões apressadas que poderiam prejudicar os principais resultados do talento no longo prazo. Isso é especialmente importante hoje, quando alguns talentos são escassos e onerosos.

Em resumo;  

  • As reduções de custos provavelmente estarão na agenda nas próximas semanas e meses, à medida que as organizações enfrentam uma série de situações econômicas contrárias.

  • Ações automáticas para reduzir custos podem ter consequências não intencionais para a saúde de sua organização a longo prazo.

  • Considere agora como você pode reduzir gastos sem arriscar iniciativas digitais e outras estratégias de crescimento posteriores.

Este artigo foi atualizado a partir da publicação original de dezembro de 2020 para refletir novos eventos, condições e pesquisas.

Randeep Rathindran, VP and Team Leader, has a primary research focus on the Chief Financial Officer and FP&A leader role, Financial Data and Analytics, Investor Relations, and Finance Technology Optimization key initiatives.

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