21 de outubro de 2022
21 de outubro de 2022
Elaborado por: Jackie Wiles
As empresas estão começando a apostar no metaverso, mas não investem o suficiente nos primeiros estágios de desenvolvimento de tecnologias emergentes. Veja o que é e como entrar no metaverso.
Apesar da propaganda sobre “o” metaverso, esse sistema tecnológico ainda não é uma entidade única. Ao contrário, o metaverso hoje compreende várias tecnologias emergentes e as organizações devem ter cuidado quando entrarem em um metaverso específico. Isso porque, é cedo demais para determinar quais investimentos serão viáveis para os negócios a longo prazo.
No entanto, tecnologias do metaverso prometem estabelecer um novo nível de interação entre os mundos virtual e físico, proporcionando novos modelos de negócios e oportunidades inovadoras. De fato, a Gartner espera que, até 2026, aproximadamente 25% das pessoas passarão pelo menos uma hora por dia em um metaverso para trabalhar, realizar compras, em atividades relacionadas à educação, redes sociais e/ou entretenimento.
“Tecnologias emergentes do metaverso podem estar em estágio inicial, mas oferecem oportunidades estratégicas com benefícios potenciais que não se limitam aos mundos virtuais. O metaverso transformará o mundo físico, além de transportar ou ampliar as atividades físicas para um mundo virtual”, afirma Marty Resnick, Vice-Presidente Analista da Gartner.
Tecnicamente, metaverso é um espaço virtual coletivo e compartilhado criado por meio da convergência virtualmente aprimorada entre a realidade física e a digital. Em outras palavras, pense no metaverso como a próxima iteração da internet, que começou como quadros de avisos individuais e destinos online independentes.
Em algum momento, esses destinos online se transformaram em sites armazenados em um espaço virtual compartilhado, de maneira similar a como um metaverso vai se desenvolver.
Um metaverso não é independente de dispositivos, nem propriedade de um único fornecedor. É uma economia virtual independente, possibilitada por moedas digitais e tokens não fungíveis (NFTs).
Como uma inovação combinatória, metaversos precisam de várias tecnologias e tendências para funcionar. As tendências que contribuem para isso incluem a realidade virtual (RV), realidade aumentada (RA), modelos de trabalho flexíveis, óculos de VR (HMDs), uma nuvem de AR, a Internet das Coisas (IoT), 5G, inteligência artificial (IA) e computação espacial.
Inovação 1: A Web3 é um novo conjunto de tecnologias para o desenvolvimento de aplicativos descentralizados na web e que permite que os usuários con1trolem sua própria identidade e dados. Web3 e metaverso se complementam, cada um por meio de uma comunidade ou ecossistema em que, de alguma forma, valores são trocados entre pessoas ou organizações; ou através de uma combinação delas;
Inovação 2: A computação espacial pode ser definida como um conjunto de tecnologias em três níveis pelo qual os usuários experimentam a interseção dos mundos físico e digital;
Inovação 3: O gêmeo digital de uma pessoa (DToP) não apenas reflete um indivíduo único, mas também é uma multipresença quase em tempo real, com a capacidade de estar presente em vários lugares ao mesmo tempo, tanto em espaços digitais quanto físicos;
Há muita empolgação em torno do metaverso, impulsionada por empresas de tecnologia que afirmam ser organizações de metaverso ou estão criando um metaverso para aprimorar ou ampliar as realidades digitais e físicas das pessoas.
Eventualmente, o metaverso fornecerá oportunidades persistentes, descentralizadas, colaborativas e interoperáveis, além de modelos de negócios que permitirão que as organizações expandam seu negócio digital. Porém, as oportunidades no metaverso já estão surgindo – para empresas e para indivíduos. Por exemplo:
J.P. Morgan tornou-se o primeiro banco a estabelecer uma presença no metaverso, prevendo uma oportunidade de mercado de 1 trilhão de dólares e com planos para o setor imobiliário virtual;
As concessionárias de automóveis poderiam manter estoques limitados de veículos específicos e utilizar a computação espacial, especialmente a nuvem de realidade aumentada, para alterar atributos interiores e exteriores digitalmente em tempo real, apresentando mais opções a seus clientes;
Jogos podem ser criados para treinar funcionários sobre como lidar com riscos, sem expô-los a tais riscos;
DToCs e gêmeos digitais podem interagir com clientes para ajudar em certas áreas. Por exemplo, transações financeiras, experiências de compras com a ajuda de assistentes ou monitoramento da saúde de pacientes;
Espaços de trabalho virtuais podem capacitar organizações a desenvolverem melhores oportunidades de conexão, colaboração e envolvimento para os funcionários. (Reuniões virtuais, com tecnologias de metaverso, já são um acessório do trabalho híbrido.)
“Os próximos um a três anos serão um período de aprendizado, exploração e preparação para um metaverso com implementações limitadas”, diz Resnick. “Os riscos financeiros e à reputação dos primeiros investimentos não são totalmente conhecidos, aconselhamos cautela”.
Por enquanto, no entanto, essas ações ajudarão você a começar a traçar uma estratégia que inclui tecnologias de metaverso:
Explore oportunidades em que as tecnologias do metaverso podem otimizar o negócio digital ou criar novos produtos e serviços;
Crie produtos e soluções de metaverso por meio de um sistema de inovação combinatório, em vez de tentar encontrar um “aplicativo incrível”;
Identifique oportunidades inspiradas no metaverso, avaliando os casos atuais de alto valor;
Invista em metaversos emergentes específicos com cautela. Proteja sua reputação, estabelecendo proativamente uma política de privacidade, segurança e governança de dados para proteger dados de clientes e de funcionários.
Resumo:
“O” metaverso ainda não existe. Atualmente, um metaverso compreende várias tecnologias emergentes que prometem estabelecer um novo nível de interação nos mundos virtual e físico;
Um metaverso não é independente de dispositivos, nem propriedade de um único fornecedor. É uma economia virtual independente, possibilitada por moedas digitais e NFTs;
As oportunidades estão surgindo rapidamente, mas as organizações devem ter cautela ao investir em um metaverso específico, porque é cedo demais para determinar quais metaversos são os mais viáveis no longo prazo.
Marty Resnick, Vice-Presidente Analista da Gartner, estuda as disrupções futuristas que impactam as principais prioridades estratégicas, com foco especial em como detectar, selecionar e implementar tecnologias emergentes e futuristas por meio da identificação de tendências e a construção de radares tecnológicos.
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*Observe que alguns documentos podem não estar disponíveis para todos os clientes Gartner.